22 de jul. de 2010

Lição 13 - O Discípulo e o Evangelismo


Texto Bíblico:‘E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura’ – (Marcos 16.15)
INTRODUÇÃOO que é evangelismo? Certamente você já ouviu esta expressão em algum lugar, em vários setores da cristandade. Você mesmo foi alcançado pela graça de Deus através desta magnífica obra! Evangelismo é o emprego da Palavra de Deus por todos os crentes, com o sincero desejo no coração de ganhar almas para Cristo em todos os lugares, em todo o tempo, e por todos os meios. Cada crente autêntico, tem o privilégio de evangelizar. Todos os crentes estão autorizados e nomeados para esta nobre tarefa. Em suma, evangelizar é: pregar (mc 16.15); pescar (Mt 4.19); procurar os perdidos (Lc 15); livrar da morte (Pv 24.11); é cuidar da almas (Sl 142.4).
I.POR QUE E QUANDO DEVEMOS EVANGELIZAR
a. Todos precisam de um Salvador:- Todos os homens são pecadores e precisam de um Salvador. O homem pecou e foi destituído da glória de Deus (Rm 3.23), ou seja, ficou impossibilitado de permanecer na presença do Criador. Com a entrada do pecado no mundo Satanás tornou-se deus deste século e príncipe deste mundo. O pecador está preso pelos laços do diabo, dominado e entregue a toda a sorte de iniqüidades. Portanto necessita urgentemente de um Salvador. Você agora é portador desta mensagem preciosa, que propicia remissão e regeneração ao mais vil pecador. O homem só poderá crer depois de ouvir a Palavra: 'Como pis invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram? E como ouvirão, sa não há quem pregue?' (Rm 10.14). Enquanto não cerer ele está perdido (Jo 3. 13-36), porém quando ouve a Palavra adquire fé (Rm 10.17), e esta comunica-lhe a salvação (Ef 2.8) e muitas outras bênçãos celestiais. Leia Mc 16.17, 18.
b. Recebemos uma ordem do Senhor Jesus:- Fomos chamados pelo Senhor e separados para a nobre e suprema missão de evangelizar (leia Mt 4.2 e Jo 20.21). A 'grande comissão' - repetida cinco vezes, em todos os evangelhos e em Atos (leia Mt 28.18-20; Mc 16.15; Lc 24.47; At 1.80, é o verdadeiro alvo do Novo Testamento. O 'Ide' de Jesus é mais do que uma ordem, é uma obrigação: "...me é imposta esta obrigação; e ai de mim, se não anunciar o evangelho" (1 Co 9.16). Isto não significa que você será forçado ou constrangido a pregar o evangelho, mas que foi convidado pelo Senhor a fazê-lo, e o faz com dedicação, prazer e gratidão dando seu próprio testemunho de fé ao mundo.
c. Deus nos concedeu o privilégio de participarmos de sua obra:- Os anjos desejam ardentemente realizar esta tarefa, mas eles não possuem este direito. O anjo disse a Cornélio que mandasse buscar a Pedro para que viesse e pregasse o evangelho: '...manda chamar a Simão...este te dirá o que deves fazer' (At 10.5, 6). Os seres angelicais nada podem fazer devido à sua condição de espíritos. Mas o crente tem plena condição de realizar esta obra. A proclamação do evangelho é um privilégio que Deus concedeu a homens com o fim de se adquirir galardões. A salvação é dádiva que o Senhor concedeu aos homens, mas o galardão é recompensa que o crente obtém mediante sua atividade na obra de Deus.
d. O tempo de Deus é já:- '...eis aqui agora o tempo aceitável, eis aqui agora o dia da salvação' (2 Co 6.2). Por que agora? Agora estamos vivos. Não sabemos quando seremos recolhidos pelo Senhor. Devemos fazer a obra de Deus enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar (Jo 9.4). Hoje em nosso país, temos plena liberdade para pregarmos o evangelho em todos os lugares. Entretanto, pode ser que no futuro, nossa liberdade religiosa seja restringida ou caçada e fiquemos impossibilitados de pregar o evangelho. Devemos evangelizar todos os dias aproveitando todas as oportunidades. A Bíblia recomenda que preguemos a Palavra 'a tempo e fora de tempo' (2 Tm 4.2).
II.ONDE DEVEMOS EVANGELIZARNem todos os lugares podemos fazer cultos e pregações, mas ganhar almas individualmente, sim.
a. Nos cultos:- Após a pregação e o apelo, os ganhadores de almas, deverão estar atentos para levar os ouvintes uma palavra amiga e sincera. Existem pessoas que mesmo sendo convencidas pelo Espírito Santo, precisam de ajuda para fazer sua decisão. Muitos têm dúvidas, temores e diversas dificuldades internas. Nestas horas uma palavra de encorajamento é decisiva.
b. Nos lares:- Jesus disse que o campo é o mundo, o mundo começa à nossa porta, no nosso próprio lar (Mc 5.19). Muitas igrejas que hoje são grandes, começaram em casas particulares.
c. No trabalho:- Jesus chamou seus discípulos, quando eles estavam ocupados em seus trabalhos habituais. Nem sempre é possível evangelizar no trabalho, mas a mensagem que fala mais forte ao coração ímpio é a própria vida de quem prega. Portanto, um bom testemunho constitui-se numa poderosa mensagem.
d. Nos transportes:- No ônibus, trens, metrôs e outros meios de transportes públicos, as pessoas normalmente estão dispostas e desocupadas, gostam de conversar e ler. Quando não podemos falar com alguém, entregar um folheto apropriado é bem oportuno.
e. Nos hospitais, penitenciárias e outras instituições públicas:- A primeira providência é procurar obter a autorização para realizar o trabalho que se pretende. Há pessoas que em boas condições de saúde e em plena liberdade jamais ouviriam o evangelho, mas nestas circunstâncias costumam ouvir de boa mente. Nunca discuta pontos doutrinários ou religião. Lembre-se: seu objetivo é anunciar as boas-novas de salvação!
f. Em todos os lugares:-O convite da salvação destina-se a todas as pessoas em todos os lugares independente de cor, credo, religião, raça, cultura e posição social.
III.REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA EVANGELIZAR
Em primeiro lugar, o ganhador de almas precisa ter a experiência da salvação. Se o crente não tem a convicção plena de sua própria salvação, como poderá convencer os outros?
a. Ler e estudar a Bíblia diariamente:- 'Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem do que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade' (2 Tm 2.15). 'Então Filipe, abrindo sua boca, e começando nesta escritura, lhe anunciou a Jesus' (At 8.35). É preciso que os crentes, que desejam ganhar almas para Cristo, estudem sistemática, metódica e perseverantemente a Bíblia. Aquilo que a eloqüência, o argumento e a persuasão humana não pode fazer, a Palavra de Deus o faz quando apresentada sob a unção do Espírito Santo.
b. Ter ardente amor pelas almas perdidas:- O evangelismo na igreja primitiva era caracterizado pelo esforço constante dos crentes no cumprimento do 'Ide' de Jesus. Nem as proibições, nem as ameaças de morte, nem as prisões, puderam deter aqueles irmãos que inflamados pelo poder de Deus e pelo amor às almas perdidas, em nada tiveram suas vidas por preciosas contanto que pudessem cumprir com alegria a sublime missão que lhes fora dada pelo mestre. Constrangidos pelo amor de Cristo (2 Co 5.14), eles não podiam deixar de falar do que tinham visto e ouvido (At 4.20). Se quisermos lograr êxito no evangelismo em nossos dias, a exemplo de nossos irmãos no início do cristianismo, devemos pedir ao Senhor que nos encha o coração de amor pelos perdidos.
c. Ter a vida santa, separada para Deus:- 'Lava-me completamente da minha iniquidade e purifica-me do meu pecado'; 'Então ensinarei aos transgressores os teus caminhos, e os pecadores a ti se converterão', (Sl 51.2, 13). Muitos crentes trabalham a toda força e não há frutos. Qual é a razão? O pecado é um impedimento à conversão de pecadores. Se estivermos em pecado, se não estivermos em comunhão com Deus, se estivermos nos descuidando da leitura diária da Bíblia e da oração, fatalmente teremos o coração de pedra e nosso trabalho não frutificará.
d. Aprender com o Mestre Jesus:-Leia agora em sua Bíblia o texto de João 4.1-30 e acompanhe os passos do nosso amoroso Salvador evangelizando a mulher samaritana:
(1). Jesus aproveitou a oportunidade - embora cansado e faminto, pregou. Ele teve amor e espírito de sacrifício, tudo por uma alma perdida.
(2). Ele esperou o momento de estar a sós com a mulher.
(3). Ele não se importou com os preconceitos raciais, sociais ou religiosos.
(4). Entrou logo no assunto da necessidade espiritual da mulher.
(5). Não se afastou do assunto da salvação e nem se desviou do seu objetivo.
(6). Jesus fez a samaritana entender que era uma pecadora.
(7). Não atacou seus defeitos nem a condenou.
(8). Jesus demonstrou compaixão e interesse na vida da mulher.
e. Ser cheio do Espírito Santo:- A ordem de Jesus à igreja em Mateus 28.20, para pregar o evangelho, está intimamente ligada à afirmação anterior: '...é-me dado todo o poder no céu e na terra', bem como na afirmação posterior: 'Eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos'. Essa promessa foi cumprida na pessoa do Espírito Santo. A presença de Jesus com os discípulos foi trocada pela onipresença do Espírito Santo, que está em toda a parte. O apóstolo Pedro, fraco e tímido antes do Pentecostes, tornou-se em coluna após o revestimento de poder. É o Espírito Santo que capacita o crente e dá direção para a obra de evangelização.
ConclusãoComo discípulo de Jesus e pregador do evangelho, o crente precisa estar seguro que fora do evangelho não há esperança, não há remédio nem solução para as almas. Deus nos deu o ministério da reconciliação e também pôs em nós a palavra da reconciliação, de sorte que somos embaixadores da parte de Cristo.
Eia! Vamos a campo batalhar pelas almas perdidas a fim de enchermos a mesa do Pai! Mãos à obra crente!
QUESTIONÁRIO
1. De acordo com o estudo desta lição, o que é evangelismo?
2. Por que devemos evangelizar?
3. O que a Bíblia recomenda a respeito do 'tempo' de pregar a Palavra?
4. Qual o principal requisito necessário à evangelização destacado nesta lição?
5. Quem é que dá direção e capacita o crente para a obra de evangelização?
Fim da 13ª Lição

Lição 12 - O Discípulo e o fruto do Espírito Santo


Texto Bíblico:‘Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra estas coisas não há lei’ – (Gálatas 5.22, 23)

INTRODUÇÃOO fruto do Espírito é a expressão da natureza e do caráter de Cristo através do crente, ou seja, é a reprodução da vida de Cristo no crente. Por si só, o homem não tem condições de produzir o fruto do Espírito. Sua inclinação natural será sempre de produzir os frutos da carne. Contrastando com os frutos (ou obras) da carne, o fruto do Espírito possibilita ao autêntico cristão viver de modo íntegro diante de Deus e dos homens. É necessário que o crente submeta-se incondicionalmente ao Espírito Santo. O '...Fruto...' de Gálatas 5.22, conceituado como 'expressões do caráter cristão', está no singular provavelmente por tratar-se de uma única notável virtude implantada pelo Espírito Santo de uma só vez no crente.
É através do fruto do Espírito que o cristão participa da natureza divina.
I.A NATUREZA DO FRUTO DO ESPÍRITO
O que representa e em que consiste o fruto do Espírito na vida do crente? O fruto do Espírito consiste nas nove virtudes ou qualidades da personalidade de Deus implantadas pelo Espírito de Verdade no interior do crente com a finalidade de conduzi-lo à perfeição, ou seja, à imagem de Cristo. Em suma, os frutos do Espírito representa os atributos de Deus; os traços do seu caráter. O crente precisa absorvê-lo com a ajuda do Espírito Santo. O fruto tem sua manifestação na vida interior, vem de dentro para fora, é o desenvolvimento da semente que caiu em boa terra e produz para a glória de Deus.
a. O fruto do Espírito representa 'expressões do caráter cristão':- O caráter cristão verdadeiro expressa-se no fruto do Espírito que é resumido no amor. Do amor surgem todos os demais atributos de Deus que são desenvolvidos no crente pelo Espírito Santo que nele habita. É por isso que o amor aparece encabeçando a lista das virtudes cristãs geradas pelo Espírito de Deus, por ser a fonte originária de todas as demais virtudes.
b. O fruto do Espírito representa a maturidade cristã:- O Espírito Santo produz o fruto do caráter cristão em nossa vida somente à medida que cooperamos com Ele. As línguas, a profecia, e até mesmo o conhecimento são úteis, e são dons maravilhosos do Espírito Santo, mas sua presença em nossa vida nem sempre é uma indicação de nossa maturidade cristã. A medida de nossa maturidade em Deus, depende de quão bem temos permitido que o Espírito Santo produza os traços do caráter de Jesus em nossa vida. A maturidade espiritual envolve melhor entendimento do Espírito de Deus e das necessidades das pessoas. 'O fruto do Espírito é resultado na vida dos que participam da natureza divina, ou seja, dos que estão ligados a Cristo a 'videira verdadeira' (João 15.1-5). Maturidade em Cristo envolve união com Ele; a limpeza ou a poda pelo Pai e a frutificação. Estas são as condições da frutificação e conseqüente vida cristã vitoriosa.
II.VIRTUDES OU QUALIDADES DO FRUTO DO ESPÍRITOa. Qualidades universais:- Amor, alegria e paz. São virtudes direcionadas ao nosso relacionamento com Deus.
(1) Amor:- A palavra 'amor' neste trecho das Escrituras é a tradução da palavra grega 'agape'. Este é amor que flui diretamente de Deus. 'O amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado'(Rm 5.5). É um amor de tamanha profundidade que levou Deus a dar seu único Filho como sacrifício pelos nossos pecados (Jo 3.16). É o amor de Jesus por nós: 'conhecemos o amor nisto: que ele deu a sua vida por nós, e nós devemos dar a nossa pelos irmãos (leia Jo 3.16; 15.2-13).
É muito fácil amar os seus entes queridos, como os pais, filhos esposos, parentes, amigos, esposas, etc. Mas, somente pelo Espírito Santo, você é capaz de dedicar o amor aos seus inimigos, de tal forma que lhes deseje o bem e perdoe as suas ofensas, de todo o coração, para jamais se lembrar delas.
(2) Gozo ou alegria:- Trata-se daquela qualidade de vida que é graciosa e bondosa, caracterizada pela boa vontade, generosa nas dádivas aos outros, resultante de um senso de bem-estar, sobretudo de um bem-estar espiritual, por causa de uma correta relação com Deus. Apesar das dificuldades financeiras, das enfermidades, das calunias, pela atuação do Espírito Santo, o crente está cheio de gozo em sua alma, como os apóstolos Paulo e Silas, presos injustamente, por causa do evangelho. Em vez de murmurarem, cantavam e oravam. Leia At 16.25.
(3) Paz:- Trata-se de uma qualidade espiritual produzida pela reconciliação, pelo perdão dos pecados e pela conversão da alma transformada segundo a imagem de Cristo (Rm 12.18). Leia Rm 5.1.
A queda do homem no pecado destruiu a paz com Deus, com outros homens, com o próprio ser, com a própria consciência. Foi por meio da instrumentalidade da cruz que Deus estabeleceu a paz (Cl 1.20).
O crente vive no meio da violência que gera insegurança e medo nas pessoas, mas essa virtude do Espírito lhe concede tranqüilidade e confiança.
b. Qualidades sociais:- Longanimidade, benignidade e bondade. São virtudes direcionadas ao relacionamento entre os cristãos.
(1) Longanimidade:- É uma qualidade atribuída a Deus. Ele tem tolerado pacientemente todas as iniqüidades do homem. Não se deixando levar pela ira nem pelo furor, manifesta seu amor, bondade e misericórdia; não usando sua justa indignação. De nós, os crentes, é esperado que nossas relações com os outros homens se caracterizem pela longanimidade do mesmo modo que Deus tem agido conosco. Leia 2 Co 6.6; Cl 1.11; 3.12.
Se Deus não fosse misericordioso e longânimo para conosco teríamos sido imediatamente consumidos.
(2) Benignidade:- Benignidade no original grego significa 'bondade' ou 'honestidade'. O crente que possui esta virtude é afável e gentil para com seus semelhantes não se mostrando inflexivel e amargo. Deus é a fonte dessa qualidade e Cristo o melhor exemplo. Ele foi uma pessoa imensamente gentil, conforme o evangelho o retrata. Essa virtude torna o crente benígno, desejoso do bem a todos, principalmente para os seus inimigos.
(3) Bondade:- Representa a generosidade que flui de uma santa retidão dada por Deus. Se antes você praticava o mal, agora é bom para todos, sem acepção de pessoas.
c. Demais qualidade:- Fidelidade, mansidão e temperança ou domínio próprio.
(1) Fé ou fidelidade:- No original grego significa tanto 'confiança' quanto 'fidelidade'. A fé aqui indica a confiança em Jesus Cristo (Ef 2.8,9). Mediante esta qualidade do fruto, podemos alcançar a medida total da plenitude de Cristo (Ef 4.13). À medida que esse fruto amadurece em nós, nossa confiança em Deus é fortalecida. A fé não produto humano; ocorre através da operação divina e consiste em confiança plena de alma em Cristo resultante de uma experiência com Ele. É a certeza de que Deus existe e está sempre conosco para nos dar a vitória.
(2) Mansidão:- Trata-se de uma submissão do homem para com Deus, e em seguida, para com o próprio homem. A mansidão é o resultado da verdadeira humildade, que nos leva ao reconhecimento do valor alheio e a recusa de nos considerarmos superiores. Jesus disse: 'Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra' (Mt 5.5).
Essa virtude torna você manso e calmo, quando antes era agressivo e se irava por qualquer coisa que o contrariava.
(3) Temperança:- Parece ser o somatório de tudo. Quem a possui, tem o domínio próprio.
(a) Nas palavras:- Há um ditado popular que afirma: 'Não devemos falar o que sabemos, mas sim, sabermos o que falamos'. Isto é o que se pode chamar de sobriedade, domínio próprio. Leia Tg 3.2.
Encontramos nas Escrituras Sagradas diversos exemplos de pessoas mal sucedidas, porque falaram demais. Miriã e Arão, irmãos de Moisés, o criticaram, por ter se casado com uma estrangeira. Deus, então os castigou. Ela por ser a mentora da critica, ficou leprosa por sete dias e ambos perderam o direito de entrar na terra prometida.
(b) Nas ações:- Quatro jovens judeus, levados cativos para a babilônia, foram escolhidos por Nabucodonosor para realizarem um curso, e depois servirem ao governo caldeu. O rei ordenou que os alimentasse com todas as iguarias da mesa real. Daniel e seus companheiros propuseram em seus corações (leia Dn 1.8). Solicitaram então, ao despenseiro que lhes fornecesse apenas legumes durante dez dias. Se após este período. seus semblantes estivessem abatidos, aceitariam o manjar do rei. No entanto, se apresentassem bom estado de saúde, continuariam com a refeição escolhida por eles até o final daquele treinamento. Após aquele período de dez dias, seus semblantes eram melhores do que os dos demais jovens. Por isso continuaram com aquela alimentação, à base de legumes, até o final do curso. Esta é uma demonstração de força de vontade, temperança e sobriedade dos quatro judeus.
(c) Nos pensamentos:- Por falta de domínio próprio, Davi cedeu a tentação que o naufragou no pecado e o fez pagar as conseqüências pelo resto da vida. Era a época em que os reis saíam para a guerra. No entanto, ele passeava no terraço de sua casa real. Seu pensamento vagava distante, em busca de algo que satisfizesse o seu ego. Repentinamente, deparou-se com uma cena que o devorou, como uma labareda de fogo a consumir algo inflamável: uma mulher banhava-se, nua, no quintal de sua casa. A chama da sensualidade acendeu o desejo incontido no coração do rei de Israel de possuí-la. Quando percebeu o que fizera, já era tarde demais: havia se deitado com ela e tinha ordenado a morte de seu marido. Tudo isso aconteceu por falta do auto controle do pensamento que o levou a cometer aquela loucura. Leia 2 Sm 11.1-4.
O crente deve sempre ocupar-se com coisas boas. E a melhor terapia é ler a Bíblia, cantar hinos de louvor ao Senhor, visitar os novos convertidos, desviados e enfermos. A Palavra de Deus também nos recomenda que devemos fugir da aparência do mal (1 Ts 5.22). Só assim venceremos as tentações e manteremos a nossa sobriedade. Onde você estiver: no trabalho, na igreja, no ônibus, etc. Pense nas coisas celestiais e viva com Jesus, vitoriosamente.
Conclusão
Muitos crentes pensam ser possível cultivar somente algumas das manifestações do fruto do Espírito, negligenciando outras. Não é possível ser crente completo quando em nossas vidas faltam vários elementos que formam o fruto do Espírito. Se eu tiver amor e não tiver fé, não sou completo; se eu tiver todas as demais manifestações e for intemperado, não estou seguindo a vontade do Pai. O fruto do Espírito forma em suas manifestações um conjunto harmônico: faltando uma, as demais estão todas prejudicadas. se formos enxertados na videira, é claro que o fruto deve ser uvas. Ora, um cacho de uvas amputado, com a falta de algumas uvas, é um cacho incompleto, imperfeito. Se a videira é perfeita, é lógico que os frutos e as folhas o sejam também.

QUESTIONÁRIO1. Em que consiste o fruto do Espírito na vida do crente?
2. Quais são as qualidades universais do fruto?
3. Quais são as qualidades sociais do fruto?
4. De que forma Deus tem mostrado a sua longanimidade?
5. Qual a principal característica de quem possui a temperança?
Fim da 12ª Lição

Lição 11 - O Discípulo e os dons do Espírito Santo


Texto Bíblico:‘Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes’ – (1 Coríntios 12.1)
INTRODUÇÃOOs dons espirituais formam a base do crescimento espiritual e capacita o crente para o serviço. Seu exercício é fundamental, tanto na adoração como na edificação da Igreja. Eles podem ser classificados em três grupos: primeiro, dons de revelação: palavra da sabedoria, palavra da ciência e discernimento dos espíritos. Segundo, dons de poder: fé, dons de cura e operação de maravilhas. Terceiro, dons de inspiração: profecia, variedades de línguas e interpretação de línguas.
I.DONS DE REVELAÇÃOSão assim chamados porque concedem ao crente poder para o saber. Ou seja, recebemos do Espírito Santo informações e revelações de forma sobrenatural, com a finalidade de tornar-nos capazes de conhecer o pensamento divino e a intenção dos opositores da obra divina, em certos momentos, ou para fins específicos.
I. A palavra da sabedoria e da ciência: - A capacidade de saber e de aplicar as revelações são as principais virtudes da sabedoria e da ciência.
A palavra da sabedoria é conhecimento dado pelo Espírito que capacita o crente a perceber, falar e agir em circunstancias tais que os elementos naturais se tornam inúteis. Leia Tiago 3.17 e 1 Co 2.6-8.
A palavra da ciência ou do conhecimento também não provém de habilidades humanas. Não é adivinhação; fenômeno psíquico, perceptivo ou telepático (leia Dt 18.9-12) e nem tão pouco é o resultado de um profundo conhecimento bíblico e teológico.
A palavra da ciência é uma revelação sobrenatural que Deus concede aos crentes em certos momentos de suas vidas, com a finalidade de socorrer os seus e manifestar sua glória e poder.
As palavras da ciência e da sabedoria se completam. A primeira permite conhecer os segredos divinos; a segunda leva o crente a aplicar corretamente os conhecimentos revelados.
II. Discernimento de espíritos: - Como as palavras da ciência e da sabedoria, o dom de discernir os espíritos é uma capacitação sobrenatural do Espírito Santo que permite conhecermos a natureza e o caráter dos espíritos. Ajuda o crente a separar o falso do verdadeiro, o puro do impuro, o santo do pecador, o joio do trigo e, especialmente, a intenção dos corações. Leia 1 João 4.1.
a. Exemplo do Antigo Testamento:- O profeta Elizeu, homem de Deus, desmascarou o espírito de engano em seu servo que desejou tomar de Naamã um talento de prata e duas mudas de roupa, como pagamento da cura de sua lepra. O pobre Geazi herdou apenas a lepra. Os que compram e vendem os dons de Deus morrem leprosos, mesmo que esta doença não seja visível no corpo, inunda a alma com a imundície deste pecado, chamado de simonia (2 Reis 5.20-27).
b. Exemplo do Novo Testamento:- É no Novo Testamento que este dom se manifesta em todo o seu vigor, revelando os espíritos maus e enganadores dos últimos tempos. Em Atos 16.16-18, Paulo enfrentou uma situação na qual precisou discernir os espíritos. Ele conheceu a origem daquela bajulação e expulsou o demônio em nome de Jesus Cristo. Os crentes precisam exercer este dom na atualidade, quando o espírito de mentira está em muitos lábios, tanto ou mais que nos dias dos apóstolos.
II.DONS DE PODER
Os dons de poder são: dom da fé, dons de cura e operação de maravilhas. Eles concedem ao crente meios para realizar obras espirituais entre os homens.
I. Os dons de cura e operação de maravilhas: - Os dons de cura são concedidos como uma solução divina capaz de amenizar o sofrimento humano, através da fé em Jesus Cristo. Todas as enfermidades estão sujeitas à cura divina. Deus, de um modo sobrenatural, comunica saúde e força aos corpos afligidos.
a. Jesus deixou o exemplo:- Ele dedicou grande parte do seu ministério para curar enfermos. Portanto, podia dizer aos seus discípulos: ‘curai os enfermos’. Leia Tg 5.16 e At 14.8-10.
Jesus tinha pleno conhecimento das condições do homem sem Deus. Corações quebrantados, cativos do pecado, cegos espirituais, oprimidos pelos demônios. Por isso, Ele disse em Lucas 4. 18, 19: ‘O Espírito do Senhor é sobre mim, pois me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a apregoar liberdade aos cativos, e dar vista aos cegos; a por em liberdade os oprimidos; a anunciar o ano aceitável do Senhor’.
b. Como operam os dons de curar?:- A Bíblia apresenta os métodos utilizados no uso dos dons de curar. Você pode vê-los especialmente no ministério dos apótolos Paulo e Pedro.
Nos casos da cura do paalítico de Betesda e de Enéias, tanto Jesus como Pedro usaram apenas uma palavra de ordem, sem oração, imposição de mãos, ou qualquer outra atitude. Jesus apenas ordenou: ‘Levanta-te, toma a tua cama e anda’. Pedro declarou: ‘Enéias, Jesus Cristo te dá saúde; levanta-te e faze a tua cama’ (At 9.33, 34). Leia Atos 19.11, 12, Mc 8.23 e Jô 9.11-17.
c. Operação de maravilhas:- O dom, também chamado de operação de milagres, prodígios e sinais, se constitui em manifestações especiais do poder de Deus que fogem às limitações humanas. São superiores e inexplicáveis. Ele demonstra o poder de Deus na realização de coisas miraculosas e extraordinárias. Na operação dos poderosos sinais que envolvem os milagres, o supremo Senhor, apenas usa da forma que ele quer as leis e forças por ele mesmo criadas em socorro dos seus filhos. Isso é milagre. Leia Gl 3.5.
II. O dom da fé: - Implica na capacitação espiritual e sobrenatural que conduz o crente a confiar em Deus, a fim de realizar proezas em nome do Senhor.
Existe a fé natural, exercitada nas atitudes comuns do dia-a-dia, como tomar um ônibus, um avião, crendo que vai chegar ao destino. Todo homem tem fé natural.
Há a fé para a conversão. Quando se crê em Cristo como único Senhor e Salvador, exercita-se a fé que salva: ‘Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa’ (At 16.31). Há também a fé que se refere ao que o crente crê e confessa, e se desenvolve através da meditação e do estudo da Palavra de Deus.
Mas, no caso do dom, é a fé sobrenatural capaz de movimentar os dons de curar e a operação de maravilhas.
III.DONS DE INSPIRAÇÃOOs dons de inspiração dizem respeito à virtude do falar, não pela mente humana mas pelo Espírito Santo.
I. O dom de línguas e de interpretação: - A Bíblia faz menção das línguas estranhas como sinal do batismo no Espírito Santo e também como uma concessão especial, chamada de variedade de línguas ou, simplesmente, dom de línguas. Para que este edifique a igreja, é necessário que haja interpretação; caso contrário, só a pessoa que fala se edifica.
O dom de interpretar portanto, complementa o dom de variedade de línguas e deve seguir a esta manifestação, para que toda a igreja seja edificada. Leia 1 Co 14.13, 18, 28, 39, 40.
II. O dom de profecia: - Profetizar, como dom, é falar aos homens em nome de Deus, com a finalidade de edificar, exortar e consolar (leia 1 Co 14.3). O que fala em línguas fala a Deus, a não ser que haja interprete; o que profetiza fala aos homens, da parte de Deus. A profecia é o único, entre os dons, sujeito ao julgamento da igreja. Leia 1 Co 14.29.
a. As fontes da profecia:- O motivo que faz o dom de profecia sujeito ao julgamento da igreja, é sem dúvida, as suas três fontes de inspiração: o espírito humano, o espírito imundo e mentiroso, e o Espírito Santo.
A profecia oriunda do espírito humano e suas possibilidades, você encontra especialmente nos seguintes textos: Jr 23.16, 21 e 25.
O dom de profecia não é um método humano de adivinhar a sorte, de prever o futuro, nem de tornar realidade os desejos dos crentes. Leia 1 Cr 17.1-4 e Ez 13.1-8.
A profecia do espírito imundo, cuja preocupação é imitar as obras de Deus e usar o espírito de adivinhação e lisonja, pode muitas vezes passar despercebida pela sutileza de sua manifestação. É preciso estar em sintonia com Deus, para não cair no engodo da Satanás.
b. O propósito do dom de profecia:- Sendo o propósito do dom de profecia, em primeiro lugar, edificar a igreja, é natural que o melhor lugar para o seu exercício seja no local onde os crentes se reúnem para a adoração.
Para as finalidades de ensinar, instruir e dirigir, com vista ao aperfeiçoamento dos santos, Deus mesmo deu à igreja apóstolos, pastores, evangelistas e mestres (Ef 4.11-12).
O dom de profecia não é para doutrinar a igreja, instruir o pastor e nem dirigir a vida dos crentes, e sim para informar, dar a entender pelo Espírito, deixando as decisões com cada um segundo a medida da fé.
c. A disciplina do dom de profecia:- É uma bênção, quando usado com a disciplina que a Palavra de Deus recomenda:
-Todos podem profetizar (1 Co 14.5);
-Em cada culto, apenas dois ou três devem profetizar (1 Co 14.29);
-Dois crentes não podem profetizar ao mesmo tempo, pois criam confusão e deixam dúvidas sobre quem Deus está usando (1 Co 14.29).
-Se um crente estiver profetizando e um segundo começar a fazê-lo também, só vai criar uma competição entre profetas. A ordem é o segundo não iniciar, antes que o primeiro termine, e, se o fizer, que o primeiro se cale. O ensino é que até três podem profetizar, um após o outro, nunca ao mesmo tempo, pois Deus não é de Confusão (I Co 14.31, 33).
-A prova de ser espiritual e profeta é aceitar o que diz a Bíblia (I Co 14.37-40).
Conclusão
Os dons do Espírito são os meios pelos quais os membros do corpo de Cristo são habilitados e equipados para a realização da obra de Deus. Sem os dons do Espírito, ao invés de a Igreja ser um organismo vivo e poderoso, seria apenas mais uma organização humana e religiosa.

QUESTIONÁRIO1. Como o dom da ciência e da sabedoria se completam?
2. O que o crente pode fazer com os dons de poder?
3. O que são operações de maravilhas?
4. Qual o principal propósito do dom de profecia?
5. Quem recebeu o dom de variedade de línguas que outro dom deve pedir a Deus?
Fim da 11ª Lição

Lição 10 - O Discípulo vivendo cheio do Espírito


Texto Bíblico:‘E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito’ – (Efésios 5.18)
INTRODUÇÃOViver cheio do Espírito Santo significa ser alegre, confiante, revestido do poder de Deus. Por intermédio desta virtude, muitos cristãos enfrentaram os perigos com destemor. Os que realmente são cheios do Espírito Santo, jamais voltaram atrás. Aceitaram o martírio, cientes de que eram bem-aventurados. Isto só foi possível, porque experimentaram uma vida repleta no Espírito!
I. A NATUREZA DO ESPÍRITO SANTO1. No momento da conversão (Atos 19.2):- No momento em que você aceita a Jesus como Salvador, recebe o Espírito Santo. Foi Ele quem, na hora de sua conversão, atuou em seu ser, para que se decidisse por Cristo. Ele lhe convenceu que era pecador e necessitava do arrependimento, para alcançar o perdão de Deus. No instante em que levantou as mãos, como sinal de aceitação, você sentiu uma alegria incontida, manifestada, às vezes, por lágrimas. É o momento em que a terceira pessoa da Trindade passa a habitar na vida do crente, que se torna o templo do Deus Altíssimo. Leia 1 Coríntios 6.19.
2. Como promessa e garantia da salvação (1 Coríntios 1.22):- Dentre as muitas funções do Espírito Santo e de tudo o que a Bíblia diz a respeito de sua pessoa destaca-se o fato de ser Ele o penhor, ou seja, a garantia de nossa futura herança em Cristo: ‘Em (Cristo) também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa; o qual é o penhor da nossa herança, para redenção da promessa de Deus, para louvor da sua glória’ (Efésios 1.13,14). É o Espírito Santo que, mediante a Palavra de Deus e por todos os meios da graça, nos capacita a atingir a glória eterna de Deus. Este selo é o penhor do futuro que nos aguarda aqui na terra e na eternidade.
II. COMO SE RECEBE O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO1. Através da oração (Atos 1.14):- Na despedida, antes de sua ascensão ao céu, Jesus ordenou aos discípulos que ficassem em Jerusalém, até a manifestação do poder de Deus. Eles já haviam recebido, em suas vidas, a terceira pessoa da trindade, quando Cristo, em um dos encontros com eles, após sua ressurreição disse-lhes: ‘Recebei o Espírito Santo’ (João 20.22).
No dia de Pentecostes, os discípulos estavam assentados, talvez no período de descanso da oração de joelhos, quando ‘todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem’ (Atos 2.4).
2. Por intermédio de Jesus (João 1.33):- É Jesus quem batiza no Espírito Santo. João Batista apareceu no cenário da Judéia e pregou o arrependimento de pecados, a fim de preparar os judeus para receberem a Cristo. Ele se tornou conhecido imediatamente, por causa da dura mensagem que transmitia.
Os sacerdotes e levitas mandaram lhe perguntar quem era ele, e João Batista, respondeu que não era o Cristo, mas a vós que clamava no deserto: ‘Endireitai o caminho do Senhor, como disse o profeta Isaías’ (João 1.23). Declarou também que batizava com água, para arrependimento, mas o que vinha logo em seguida era maior do que ele, e batizaria com o Espírito Santo.
Este, a quem João Batista se referia, é Jesus Cristo, o nosso Salvador. Se você ainda não é batizado no Espírito Santo, ore, peça insistentemente, e o Filho de Deus lhe revestirá do poder do alto.
III. O QUE É O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO?1. É uma promessa do Pai (Joel 2.28,29):- Deus fez ao homem, aproximadamente oito mil promessas, sendo o batismo no Espírito Santo uma delas. No passado, o Espírito Santo manifestava-se de forma específica. De acordo com a necessidade, Ele operava na vida dos servos de Deus (leia Êxodo 35.30-35). No entanto, Deus prometeu derramar o seu Espírito sobre todos os homens, para que profetizassem e tivessem sonhos. O batismo no Espírito Santo é uma bênção atual e que está ao alcance de todos os que crêem.
2. É um revestimento de poder (Marcos 16.17,18):- Os discípulos, antes do batismo no Espírito Santo, eram tímidos e medrosos. Inclusive, no dia da prisão de Jesus, todos fugiram, com exceção de Pedro, que acompanhou até o local onde o Filho de Deus foi julgado. Na casa do sumo-sacerdote Caifás, o amigo de Cristo, que prometeu segui-lo até a morte, com medo de morrer, negou-o três vezes. No entanto, no dia de pentecostes, revestido do poder de Deus, quando os judeus, atraídos pelo barulho das línguas estranhas que os discípulos falavam, declararam que os seguidores de Jesus estavam embriagados, Pedro respondeu: ‘Varões judeus, e todos os que habitais em Jerusalém, seja-vos isto notório, e escutai as minhas palavras. Estes homens não estão embriagados, como vós pensais, sendo a terceira hora do dia. Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel’ (Atos 2.14-16). No término de sua mensagem, quase três mil pessoas aceitou a Jesus como salvador.
Com certeza, todos os revestidos do poder de Deus, são mais do que vencedores. Se você ainda não é batizado no Espírito Santo, busque-o com fé, pois este revestimento também é seu.
3. É uma necessidade (Atos 19.6):- Paulo, em sua terceira viagem missionária, encontrou na cidade de Éfeso, alguns discípulos. O apóstolo sempre considerou o batismo no Espírito uma necessidade na vida do cristão. Por isso, ele perguntou àqueles discípulos, se eles já eram batizados no Espírito Santo. Responderam-lhe: ‘Nós nem ainda ouvimos que haja Espírito Santo’ (Atos 19.2). Paulo, então, orou, impondo as mãos sobre eles, e Jesus batizou-os no Espírito Santo, e falavam línguas e profetizavam.
Nos dias em que vivemos, o batismo no Espírito Santo é uma grande necessidade. As muitas dificuldades que enfrentamos na atualidade e as forças do mal que atuam neste mundo, levam o homem aos vícios e das drogas e da bebida, à prostituição, à violência e a tantas coisas ruins que destroem a humanidade. Entretanto, o homem triste e desiludido, desenganado pela medicina e rejeitado pela sociedade, quando aceita a Jesus, renova as suas forças, principalmente, depois que é batizado no Espírito Santo.
IV. DÁDIVAS DO ESPÍRITO SANTO?1.Os dons espirituais (1 Coríntios 12.8-10):-Mediante o batismo no Espírito Santo, recebemos os dons espirituais. São os seguintes: a palavra da sabedoria, a palavra da ciência, a fé, os dons de curar, a operação de maravilhas, a profecia, o dom de discernir os espíritos, a variedade de línguas e a interpretação de línguas.
Os dons espirituais são necessários para a edificação espiritual e o crescimento da igreja. São concedidos gratuitamente e devem ser utilizados, também, de graça. Nós o recebemos mediante o nosso pedido a Deus. Se você deseja um ou mais destes dons, comece a busca-los ainda hoje, com fé e o Senhor lhe concederá.
2. O Fruto do Espírito (Gálatas 5.22):- No momento da regeneração, o novo homem pessa a ter a mente de Cristo e a produzir o fruto do Espírito, que podemos comparar a uma laranja com nove gomos, cujos nomes diferem uns dos outros. São eles: caridade, gozo, paz, longanimidade, benignidade, fé, mansidão e temperança. Não são diversos frutos, mas um só, constituído por nove virtudes diferentes. Jesus orou esta sublime oração: ‘porque pelo fruto se conhece a árvore’ (Mateus 12.33). Isto significa dizer que se conhece a pessoa que realmente nasceu de novo, quando ela produz o fruto do espírito, manifestado nas nove virtudes que lhe são peculiares.
V. O ESPÍRITO SANTO COMO LÍDER
1.Ensina todas as coisas (João 14.26):- Jesus declarou aos discípulos que, por causa de seu nome, eles seriam odiados e levados aos tribunais. Mas não se preocupassem, pois o Espírito Santo lhes ensinaria tudo o que eles deveriam responder aos seus inimigos.
Hoje também, o Espírito Santo nos ensina. Por nós mesmos, nada sabemos falar. Mas quando abrimos a nossa boca, a terceira pessoa da Trindade nos enche de sabedoria e graça, para pregarmos o evangelho de Cristo.
2. Santifica-nos (2 Tessalonicenses 2.13):- O Espírito Santo é quem nos regenera. A partir do momento em que aceitamos a Jesus, Ele inicia o processo de santificação. Logo após o novo nascimento, começamos a crescer espiritualmente, até chegarmos a estatura de varões perfeitos (Efésios 4.13). Realmente, as três pessoas da Trindade são responsáveis pela salvação do homem: o Pai enviou o Filho. Este, por sua morte, redimiu-nos, e o Espírito Santo tem a incumbência de nos santificar. Quando pecamos, sentimos, por intermédio dele, a nossa culpabilidade. Arrependendo-nos, confessamo-lo as nossas faltas e Ele, por intermédio do sangue de Jesus, purifica-nos de todo o pecado.
3. Dirige a Igreja (João 16.13):- No dia de Pentecostes, o Espírito Santo assumiu a direção da Igreja. Com a sua infinita sabedoria, Ele dirige os passos da eleita de Cristo, desde a sua fundação, até o dia do arrebatamento. No decorrer deste tempo, Satanás investe contra a Noiva do Cordeiro, mas jamais foi bem sucedido, pois o Espírito Santo a protege de todo o mal. As portas do inferno não prevalecem contra a igreja, porque o Espírito a dirige e protege das astutas ciladas do Diabo. Leia Mateus 16.18.
Por isso, viver cheio do Espírito significa ser dirigido pela terceira pessoa da Trindade, com a certeza de que o crente marcha para a glória, seguro e confiante que chegará ao céu, pois não é conduzido por simples seres humanos, mas por uma pessoa divina.
QUESTIONÁRIO1) Quando se recebe o Espírito Santo?
2) De acordo com a lição, o que é batismo no Espírito Santo?
3) Quais as dádivas do Espírito Santo?
4) Quail a atuação do Espírito Santo como líder?
5) Quais são os dons espirituais descritos em 1 Coríntios 12.8-10?
Fim da 10ª Lição

Lição 09 - O Discípulo e o Espírito Santo


Texto Bíblico:‘Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra’ – (Atos 1.8)
INTRODUÇÃO É impossível escrever sobre qualquer dos temas enfocados nestas lições, sem fazer referências, explícita ou implícita, à pessoa e aos atos do Espírito Santo. Não obstante, se faz necessário tratar deste assunto com clareza, afim de dirimir quaisquer dúvidas que, porventura, existam por parte do novo crente, sobre a terceira pessoa da trindade.
As Escrituras dão sobejas provas da personalidade do Espírito Santo. Ele não é apenas uma influência, força ativa ou energia cósmica, conforme ensinam as pseudo-religiões; mas, sim, um como o Pai e o Filho. Ele é Deus (leia 1 João 5.6,7).
I. A NATUREZA DO ESPÍRITO SANTOVocê aprendeu que o Espírito Santo convence o homem do seu estado pecaminoso e da condenação eterna. Nesta lição, você aprenderá que o Espírito Santo é uma pessoa divina, tal como o Pai e o Filho.
a.Provas Bíblicas da sua divindade: - Em Gênesis 1.2, encontramos a primeira referência ao Espírito Santo, o qual participou ativamente da criação. O Espírito Santo é da mesma essência divina que o Pai e o Filho, pois possui os mesmos atributos destes. Veja:
a.1. Onipotência: - Igualmente com o Pai e o Filho, Ele possui este atributo. É Onipotente: pode todas as coisas;
a.2. Onisciência: - Assim como o Pai e o Filho, o Espírito Santo tem pleno conhecimento de tudo. Seu saber é perfeito e infinito, em relação a passado, presente e futuro. Ele é eterno: não tem princípio e nem fim. Leia Salmos 139.2;
a.3. Onipresença: - Você aprendeu que o Espírito Santo conhece todos os atos e pensamentos dos crentes. Ele perscruta o seu entendimento, pois está presente em todo o lugar, de modo pleno. Leia Jeremias 23.23,24.
b.Provas da sua personalidade: - O Espírito Santo, como já foi dito, é uma pessoa, e não uma influencia ou energia cósmica; também não é a força ativa de Deus, como ensinam alguns. Ele possui características e personalidade. Veja os seus atributos pessoais: intelecto, vontade e sentimento (leia Romanos 8.27 e 1 Coríntios 2.10, 11, 16), onde se observa claramente, a sua capacidade de examinar, conhecer e interceder.
Ele se entristece e, também, tem ciúme (zelo) de nós. Leia Tiago 4.5. Considere ainda, algumas atividades que atestam a personalidade do Espírito Santo:
b.1. Revela (2 Pedro 1.21):- A Bíblia, revelação de Deus à humanidade, foi escrita por homens inspirados pelo Espírito Santo.
b.2. Ensina (João 14.26):- O Senhor Jesus afirmou aos discípulos que o consolador os ensinaria todas as coisas, e os faria lembrar de tudo quanto Ele (Jesus) havia dito.
b.3. Intercede (Romanos 8.26):- O apóstolo Paulo disse que o Espírito Santo ‘intercede por nós com gemidos inexprimíveis’.
b.4. Ordena (Atos 13.2):- A Igreja de Antioquia da Síria foi a primeira a enviar obreiros ao campo missionário. Porém, a ordem para isto foi dada pelo Espírito Santo.
b.5. Testifica de Cristo(João 15.26; 1João 5.6,7):- Ele testifica de Cristo. Se não fosse uma pessoa, seu testemunho seria nulo.
b.6. Fala à Igreja (Apocalipse 2.7,11,17,29; 3.6,13,22):- Através dos ministros da Palavra e de várias outras maneiras, Ele fala à Igreja;
b.7. Convida à salvação (Apocalipse 22.17):- Não só convence o pecador a aceitar a Cristo como Salvador, mas também, junto com a Igreja, convida todos à salvação.

II. NOMES E SÍMBOLOS DO ESPÍRITO SANTO
Você aprendeu que o Espírito Santo é uma pessoa e não uma influência ou força ativa de Deus, pois possui personalidade. É divino, porque a Ele são atribuídas as mesmas qualidades inerentes ao Pai e ao Filho, e também, é-lhe dado, de acordo com as diversas funções, vários nomes. Veja, então, os que são conferidos ao Espírito Santo e os seus principais símbolos.
a.Nomes conferidos ao Espírito Santo: - Referente à pessoa do Espírito Santo, as Escrituras Sagradas registram vários nomes, pelos quais é conhecido ou representado. Veja:
a.1. O Espírito de Deus:- Significa que Ele é executivo da divindade. Em Lucas 11.20, Jesus afirma que expulsara os demônios pelo ‘dedo de Deus’.
a.2. O Espírito de Cristo(Romanos 8.9):- Este nome, conferido à terceira pessoa da Trindade, indica que o Espírito Santo é enviado por Cristo, para o glorificar e habitar no salvo.
a.3. O Consolador(João 14.16,26; 16.7):- Perto de findar o seu ministério terreno, o Senhor sabia que, brevemente, teria de deixar os seus discípulos. Contudo, eles não ficariam sozinhos, pois enviaria o ‘outro Consolador’, a fim de ficar com eles para sempre.
a.4. O Espírito de Verdade(João 14.17; 16.13):- O Espírito do engano e do erro operam no mundo. Por isso, o Senhor enviou o Espírito de Verdade, para preservar os seus servos das ciladas de Satanás.
a.5. O Espírito da Graça:- A graça é concedida aos crentes, a fim de viverem em santidade e vencerem as fraquezas, próprias da carne (leia 2 Coríntios 12.9).
a.6. O Espírito de Vida(Romanos 8.2):- O poder do pecado e da morte não têm efeito sobre aqueles que receberam o Espírito de Vida. Neste versículo, o apóstolo Paulo afirma: ‘Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte’. Leia Romanos 8.11.
b.Símbolos do Espírito Santo: - Eles indicam a ação divina da terceira pessoa da Trindade, através dos vários ministérios que exerce em prol dos servos de Deus. Consideremos os principais:
b.1. Fogo:- Este símbolo fala da ação purificadora do Espírito Santo, na vida do crente. Ao mesmo tempo que incinera a força do pecado dentro de nós, e consome tudo o que representa palha, madeira e feno; o fogo do Espírito assinala a presença de Deus na vida do crente, ao ilumina-lo e aquece-lo.
b.2. Vento:- No encontro com Nicodemos (João 3.8), o Senhor referiu-se à ação do vento, para ilustrar a operação do Espírito Santo na obra de regeneração do pecador. É ele quem convence a pessoa da necessidade de arrepender-se dos seus pecados e receber, pela fé, mediante a graça divina, a salvação consumada no sacrifício do Calvário, pelo Filho de Deus. O vento simboliza a obra regeneradora do Espírito Santo.Tal como o vento, cuja presença é sentida, sem, no entanto, se poder tocar, assim é o Espírito Santo. Percebe-se a sua real operação na vida do crente e da igreja, embora não se possa vê-lo tal como é. Seus atos independem da vontade humana, pois ele é Deus, é soberano.
b.3. Água:- Jesus afirmou a Nicodemos que ‘aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus’. Neste versículo, a água simboliza a Palavra de Deus, que concede vida aos que estão mortos em seus delitos e pecados. Todavia, em João 7.37, o Senhor Jesus identifica-se como a verdadeira fonte de água viva, isto é, da salvação consumada por ele, e conferida aos que aceitaram, pelo Espírito Santo. Ele afirmou: ‘Se alguém tem sede, venha a mim, e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre’. E João registra, ainda no versículo 39: ‘E isto disse ele do Espírito que haviam de receber os que nele cressem; porque o Espírito Santo ainda não fora dado, por ainda Jesus não ter sido glorificado’.
b.4. Selo:- Qualquer objeto que esteja selado, o identifica como propriedade exclusiva de alguém. O selo é a garantia de que o objeto não será confundido com qualquer outro, pois trata-se de uma marca pessoal, intransferível. O crente é uma propriedade do Senhor. O selo do Espírito Santo, no ato da conversão, confere a garantia de vida eterna ao novo membro da família de Deus. O Espírito Santo é o penhor da nossa salvação (leia Efésios 1.13,14). Desta forma, a Bíblia ensina que todo o crente é selado com o Espírito Santo.
b.5. Azeite:- É o mais conhecido dos símbolos atribuídos à terceira pessoa da Trindade. No Antigo Testamento, era usado para consagrar os sacerdotes e os reis de Israel. Ser ungido com o azeite, significava estar revestido da autoridade de Deus, para determinada tarefa espiritual ou secular. A igreja primitiva, através dos presbíteros, ungia os enfermos, que saravam, após a oração da fé (leia Tiago 5.14,15). Ainda se faz isto, em obediência à Palavra de Deus. Os resultados são positivos.
b.6. Pomba:- Esta ave simboliza brandura, inocência, doçura, pureza, amabilidade e paz. Por ocasião do batismo de Jesus, no rio Jordão, João Batista viu o Espírito Santo descer do Céu, em forma corpórea de uma pomba, e pousar sobre o Filho de Deus, para indicar que aquele era o Messias. Isto não significa que a terceira pessoa da Trindade tenha esta aparência, pois, como espírito, não possui forma que se possa definir.
III. A OBRA DO ESPÍRITO SANTO
a.No Pecador: - O Espírito regenera a natureza pecaminosa do homem, convence-o dos seus delitos e pecados, leva-o ao arrependimento, à confissão e ao abandono dos mesmos, pela fé no sacrifício do Filho de Deus. Deste modo, regenerado pelo Espírito, o pecador experimenta o novo nascimento, e torna-se uma nova criatura. Leia 2 Coríntios 5.17.
b.No Crente: - A obra do Espírito Santo é:
- Consolar(leia João 14.16,17);
- Conduzir, guiar em toda a verdade (leia João 16.13);
- Ensinar todos as coisas e lembrar o que o senhor ensinou (leia João 14.26);
- Conceder poder para testemunhar de Cristo (leia Atos 1.8);
- Interceder pelos crentes em suas orações (leia Romanos 8.26);
- Santificar: esta é a principal tarefa do Espírito santo nos crentes, pois sem santificação, ‘ninguém verá o Senhor’ (Hebreus 12.14). Este processo é uma operação dinâmica e progressiva. Começa na conversão e aperfeiçoa-se gradativamente até a volta de Jesus. Leia 2 Coríntios 7.1 e Filipenses 1.6.
c.Na Igreja: - Considere as seguintes áreas , nas quais o espírito Santo administra a Igreja:
- Na obra de missões:- A começar pela igreja em Antioquia da Síria até os dias atuais, é o Espírito Santo quem separa e ordena os obreiros e os envia ao campo missionário.
- No ministério da pregação:- Sem a unção do Espírito, nenhum pregador, por melhor que seja, logrará êxito em sua pregação, pois sua mensagem é insípida, vazia e sem poder. Só há salvação de almas, quando o Espírito unge a mensagem e o pregador, como aconteceu com Pedro, no Pentecoste. Sob a convicção de que haviam pecado, por rejeitarem o Mestre, o Salvador da humanidade, os judeus, compungidos em seus corações, arrependeram-se e foram salvos. Leia Atos 2.37,41.
- Oração:- O Espírito intercede pelos crentes nas orações (leia Romanos 8.26). Ao escrever aos crentes em Éfeso, Paulo concita-os a orar ‘em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito’ (Efésios 6.18). Leia Judas, versículo 20.
A sobrevivência da Igreja só é possível sob a direção do Espírito Santo. Ele é o legítimo vigário (substituto) do Filho de Deus na terra. Ninguém mais!

QUESTIONÁRIO1) Cite a referência Bíblica, onde o Espírito Santo é citado pela primeira vez.
2) Cite as características de personalidade do Espírito Santo.
3) Cite os atributos que atestam a divindade do Espírito Santo.
4) Quais os símbolos do Espírito Santo destacados nesta lição?
5) Que tipo de obra o Espírito Santo realiza no crente?
Fim da 9ª Lição

Lição 08 - O Discípulo e o Dízimo


Texto Bíblico:‘Trazei todos os dízimos à Casa do Tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o Senhor dos exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha maior abastança ’ – (Malaquias 3.10)
INTRODUÇÃO Dizimar não é mera obrigação, mas um ato oriundo da fé nas promessas de Deus. O Dízimo é uma forma de você mostrar sua gratidão pelas bênçãos decorrentes da salvação. É tornar-se participante com Deus na obra de evangelização do mundo. É o privilégio de tirar 10% de toda a renda pessoal e investir nos negócios de Deus aqui na terra.
I. O DÍZIMO NO ANTIGO TESTAMENTO
Dar ou pagar o dízimo, no Antigo Testamento, constituia-se em separar a décima parte do produto da terra e dos rebanhos para o sustento do santuário de Deus e dos sacerdotes.
a.O dízimo nos dias de Abraão: - A origem do ato de dizimar perde-se no tempo, sendo anterior a Moisés e Abraão. No entanto, a primeira referência bíblica ao fato relaciona-se aos dias deste patriarca. Em Gênesis 14.20 está escrito que Abraão pagou a Melquisedeque o dízimo de tudo, sendo que, neste caso, não foi do produto da terra nem dos rebanhos, e sim do despojo da guerra, costume também observado nos tempos antigos (leia Hebreus 7.2). Ora, quando o Novo Testamento reporta-se ao assunto, é porque algum ensino existe para os dias de hoje, como você terá a oportunidade de verificar mais adiante. Leia Levítico 27.30,32-34 e Deuteronômio 12.5,6.
a.O dízimo nos dias de Jacó: - Posteriormente, na progressão da história bíblica, você encontrará o patriarca Jacó seguindo o exemplo de seu avô Abraão, só que em outra circunstancia; a de ser grato a Deus, se este lhe guardasse durante a sua jornada (leia Gênesis 28.18-22). É certo que a gratidão pelas bênçãos a serem alcançadas moveu o coração de Jacó, que, de forma espontânea reconheceu a soberania de Deus após a experiência em Betel.
a.O dízimo nos dias de Moisés: - Nos dias de Moisés, o dízimo passou a exercer importante papel na vida religiosa do povo israelita (leia Deuteronômio 26.1-15). Desta forma, não só a casa de Deus era suprida, como também mantida a tribo de Levi, responsável pelo sacerdócio. Quando o povo se encontrava fraco e afastado de Deus, o Dízimo era negligenciado. Pagar o Dízimo é portanto, um sinal de avivamento, entre outros, quando provém da fé e de um coração que reconhece o senhorio de Deus sobre todas as coisas. Por isso, Malaquias chegou a chamar de roubadores de Deus àqueles que não pagavam os seus dízimos (Malaquias 3.8-10), concitando-os a fazer prova do Todo-Poderoso, que jamais deixará de cumprir suas promessas àqueles que lhe são fiéis.

II. O DÍZIMO NO NOVO TESTAMENTOO Dízimo não ficou restrito aos tempos do Antigo Testamento. O escritor da Epístola aos Hebreus estabelece uma vinculação direta entre esta prática e o Novo Testamento, quando menciona o fato de Abraão ter pago o dízimo de tudo a Melquisedeque. Vale lembrar, inclusive, que o mesmo autor afirma ser Cristo sumo sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque (Hebreus 5.10). Ora, isto quer dizer que, se a ordem é a mesma, os deveres e privilégios continuam também os mesmos, sem alteração, e isto inclui o dízimo. Pagar o dízimo, portanto, é dar seqüência, em Cristo, ao sacerdócio de Melquisedeque, que é 'sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio nem fim de vida, mas sendo feito semelhante ao Filho de Deus, permanece sacerdote para sempre' (Hebreus 7.3).
a.Jesus e o Dízimo: - O próprio Cristo não passou ao largo do dízimo. Leia Mateus 23.23,24.
Você descobriu, entre outras coisas, que a pratica do dízimo entre os contemporâneos de Jesus tornou-se legalista e ostentatória de falsa espiritualidade. Os escribas e fariseus cumpriam esta determinação para serem vistos e honrados pelos homens, e não como fruto sincero de corações agradecidos. Era apenas aparência, nada mais. Todo o texto de Mateus 23 enfatiza este lado da arrogância, da falsa religiosidade, onde a hipocrisia se reveste de justiça para tornar-se a glória de corações iníquos e apodrecidos.
Alguns podem pensar, à primeira vista, que Jesus estivesse condenando o dízimo. Porém, uma leitura mais acurada do texto (verso 23) revela que Ele estava reprovando a motivação errada. Foi isto que deixou claro ao afirmar: ‘...pois que dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé’. Ou seja, uma coisa não pode existir sem a outra. É tanto que acrescentou: ‘Deveis, porém, fazer estas coisas(viver o juízo, a misericórdia e a fé), e não omitir aquelas’ (dizimar a hortelã, o endro e o cominho). O que Jesus fez foi reforçar o conceito de que o dízimo, antes de ser mera obrigatoriedade, para aparentar justiça, é um ato de fé que produz obediência voluntária aos mandamentos da Palavra de Deus.
b.O Dízimo nas Epístolas: - Ainda que a Palavra dízimo não apareça nos ensinos do apóstolo Paulo, está implícita todas as vezes em que ele admoesta sobre a contribuição. Leia 1 Coríntios 16.2.
Duas coisas aparecem no texto: as contribuições eram feitas no primeiro dia da semana (domingo), proporcionalmente à prosperidade de cada um. O dízimo é exatamente isto. Quando se paga 10%, ele sempre será proporcional. Em outras palavras, quanto mais o crente prospera, mais contribui. O apóstolo também reitera o conceito de que a contribuição sistemática, além de proporcional, deve ser oriunda da motivação correta. Ele afirma: ‘Não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria’ (2 Coríntios 9.7).
III. AS BÊNÇÃOS QUE ACOMPANHAM OS DÍZIMOSa.Bênçãos para a Igreja: - Se todos os crentes pagassem o dízimo, não haveria necessidade de a Igreja local lançar mão de campanhas financeiras para a execução de sua tarefa. O que ocorre é exatamente o oposto. É pequeno o percentual dos que se dispõem a cumprir este mandamento, talvez por falta de ensino e de ter a visão correta do que significa dízimo.
Malaquias afirmou que o dízimo é para que haja ‘mantimento na casa do Senhor’. Aplicando-se ao contexto de hoje, é o meio que a Igreja tem aqui na terra para realizar a evangelização, enviar missionários, manter os seus obreiros, cuidar da assistência social, construir templos para abrigar o povo e suprir o dia-a-dia da administração. Poe exemplo: como a igreja poderá ser abençoada com o crescimento, se lhe faltam os recursos para adquirir folhetos, enviar obreiros, dar suporte aos programas de evangelismo e ajudar no cuidado aos carentes da igreja e da comunidade? O dízimo é para isto. Não tem outra finalidade.
b.Bênção para quem paga o Dízimo: - A promessa dada por Deus através de Malaquias impõe uma condição: primeiro trazer os dízimos, depois fazer prova do Senhor, que garante derramar bênção tal, trazendo maior abastança. Porém, é preciso que fique claro: isto não anula as aflições da vida, onde podem aparecer os momentos de sequidão. Agora, com certeza garante vitória aos que, com fidelidade em tudo, atravessam estas horas mais difíceis, pois a palavra de Deus jamais cai por terra. Fazer prova aqui não é chantagear o Senhor, mas saber que Ele é recíproco para conosco, se cumprirmos a nossa parte. ‘Se vós estiverdes em mim’, disse Ele, ‘e as minhas palavras estiverem em vós’.
Veja algumas coisas que acontecem quando, motivado pela visão correta, o crente dizima:
a) sente-se recompensado por ser parte ativa na obra de Deus;
b) Deus o socorre em tempos trabalhosos;
c) Torna-se exemplo para os demais crentes;
d) Deus lhe é recíproco em proporções bem maiores;
e) Os recursos são mais abundantes para os projetos da igreja; e
f) A obra de Deus é realizada com maior rapidez.
CONCLUSÃOVocê aprendeu que o ato de dizimar é uma doutrina fundamentada em toda a Bíblia, não sendo portanto, uma imposição humana. Viu também que é um ato de fé e de gratidão a Deus por todas a s bênçãos recebidas. A obra de Deus na terra depende de crentes fiéis que, como mordomos, não roubam ao Senhor mas, devolvem-lhe o que lhe é devido. Faça sua parte.

QUESTIONÁRIO1) O que significa pagar o Dízimo?
2) O Dízimo deve ser pago por mera obrigatoriedade ou como um ato de fé nas promessas de Deus?
3) Em que circunstancia o Dízimo aparece pela primeira vez na Bíblia?.
4) Qual o profeta que chamou de roubadores de Deus aqueles que não pagavam os seus dízimos?
5) Qual a utilidade do Dízimo para a igreja local?
Fim da 8ª Lição

Lição 07 - O Discípulo e a Obediência


Texto Bíblico:‘Porém Samuel disse: Tem porventura o Senhor, tanto prazer em sacrifícios, como em que se obedeça à Palavra do Senhor? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender melhor é do que a gordura dos carneiros ’ – (1 Samuel 15.22)
INTRODUÇÃO A obediência, segundo definem os dicionaristas, é o ato de submeter-se à vontade de alguém. Nesta lição, porém, você vai aprender que, em se tratando do crente, a obediência não é tão restrita, como querem os filólogos. Ela está profundamente ligada a fé, através da qual somos introduzidos à presença do Deus invisível, a quem voluntária e conscientemente nos submetemos. Por crermos na sua soberania sobre todas as coisas, nos dispomos a viver em obediência à sua Palavra, à Igreja e àqueles que Ele estabeleceu para ministrar sobre o seu povo.
I. EXEMPLOS DE OBEDIÊNCIA
A obediência é uma virtude exemplificada em todos os livros da Bíblia. Nela, você também encontra registros sobre a desobediência e suas funestas conseqüências. Cabe-nos olhar para estes exemplos e tirarmos lições que nos ajudem a por em prática a obediência e a não repetir os erros dos que não souberam honrar a confiança de Deus.
a.A obediência de Abraão: - Deus fez uma determinação ao patriarca, baseada em algumas condições: quais foram? Leia Gênesis 12.1.
Você descobriu que Abraão devia deixar a sua terra, a sua parentela, a casa de seus pais e seguir para uma terra distante, a qual não conhecia. Estas condições implicavam basicamente numa coisa: obediência. Fica claro, no texto, que ele dependeria exclusivamente da direção de Deus.
Você descobriu, ainda, que a obediência não impõe só condições, mas traz também privilégios.
Abraão seria pai de uma grande nação, abençoado, engrandecido e uma bênção para todas as famílias da terra. E mais: aqueles que o abençoassem seriam abençoados; os que o amaldiçoassem, seriam amaldiçoados.
Vale lembrar, por conseguinte, que todas as vezes que Deus determinou alguma coisa a alguém, o intuito não era o obedecer por obedecer, ou simplesmente para fazer valer a sua soberania. Havia um propósito pré-estabelecido. Neste caso, o propósito maior era formar uma nação pela qual o redentor, Jesus Cristo, viesse ao mundo. Se Abraão não obedecesse, ficaria privado de ter o privilégio de constar em sua biografia o registro de progenitor da raça judaica que trouxe o salvador da humanidade.
Outro fato a destacar é que a obediência do Patriarca não foi um ato robótico, como se não tivesse personalidade. Ele o fez por saber a quem estava obedecendo e movido pela fé. Por isso, seu nome consta da galeria dos heróis da fé, em Hebreus 11.
Não obstante Abraão ser um exemplo de obediência, houve um momento em sua vida cuja precipitação trouxe conseqüências drásticas que repercutem até os dias de hoje. Foi quando Deus prometeu um filho em sua velhice. Leia Gênesis 15.1-16, 16.1-16.
Induzido por Sara, sua mulher, que já não acreditava mais em sua capacidade de gerar, nem mesmo por intervenção divina, Abraão acabou tendo um filho com sua escrava Agar, fora do plano de Deus. O resultado é que logo surgiram os conflitos, principalmente depois que nasceu Isaque, o filho da promessa. Para resumir, ainda hoje as conseqüências aí estão, com as hostilidades entre árabes, descendentes de Ismael, e israelenses, de Isaque.
b.A obediência de Paulo: - O apóstolo certa vez declarou: 'não fui desobediente à visão celestial' (Atos 26.19). A frase, isolada, pode parecer simplista. Mas olhando-a sob a perspectiva da vida do apóstolo, desde a sua conversão, verifica-se que ela reflete a realidade. Leia Atos 9.15.
Quando Deus ordenou a Ananias que visitasse o apóstolo, após o encontro deste com Cristo, na estrada de Damasco, ficou claro, desde o início, o seu propósito para com o até então perseguidor do evangelho. Ele era um vaso escolhido para proclamar a salvação aos gentios. O mundo todo foi beneficiado pela obediência de Paulo, que, ao fim da vida, pôde dizer: 'Combati o bom combate, acabei a carreira e guardei a fé' (2 Timóteo 4.7).
II. A QUEM DEVEMOS OBEDECER?a partir dos exemplos acima, surge então a pergunta: a quem devemos obedecer? Nossa obediência é devida a Deus, em primeiro lugar. Mas como obedecer-lhe, sendo Ele Deus invisível e transcendente?
a.Devemos obedecer a Deus através de sua Palavra: - Não obstante a sua transcendência, ou seja, a sua elevada posição como Criador de todas as coisas, que habita num alto e sublime trono, Deus se revelou a nós através de sua Palavra e de Jesus Cristo, seu Filho. Portanto, ao estudarmos a Bíblia, descobrimos os princípios que Ele estabeleceu para reger a nossa vida, como cristãos, nesse mundo. A Palavra de Deus é a nossa regra áurea de fé, o padrão de obediência para com Deus. O Espírito Santo, por sua vez, ilumina a nossa mente e nos ajuda a descobrir como pôr em prática em nosso cotidiano os mandamentos bíblicos. Ele é o melhor interprete das Escrituras.
b.Devemos obedecer à Igreja: - A Igreja é a fiel depositária do plano de salvação, na pessoa de Jesus Cristo. A ela estamos ligados mediante o novo nascimento. Assim sendo, devemos obediência à Igreja. No primeiro concílio da Igreja, em Jerusalém, para discutir a questão do legalismo, relatado em Atos 15, está claro que ela teve participação nas decisões sobre o que os gentios deviam ou não acatar.
É sempre bom lembra que esta obediência é à luz da Palavra, e não ao contrário. Não é a Igreja que estabelece o que a Bíblia ensina, mas a Bíblia que estabelece o que a Igreja deve fazer. Tudo quanto ela faz ou ensina não pode basear-se em textos isolados, mas nos princípios gerais da Bíblia. Um princípio só pode ser assim considerado se tiver apoio em toda a Palavra de Deus. Se não, pode ser uma boa opinião, mas não um princípio bíblico. O grande erro da Igreja Romana, entre outros ao longo da História, foi que, para justificar suas heresias, inverteu o papel: ela passou a ser mais importante do que a Bíblia e a arbitrar o que ela ensina. Devemos, portanto, ter em mente: a Palavra de Deus é sempre a base de nossa obediência.
c.Devemos obedecer aos nossos pastores: - Se a Bíblia é o nosso arbítrio, ela determina que devemos também obedecer aos nossos pastores. Leia o que está escrito em Hebreus 13.17.
Não obstante ser a salvação individual, você descobriu que a responsabilidade de ministrar às nossas vidas é do pastor, de quem Deus vai cobrar a prestação de contas um dia. Cabe-lhe, portanto, expor a Palavra para o nosso ensino e crescimento espiritual.
De nossa parte, como determina a Bíblia, cabe-nos atentar para os seus conselhos, ouvir-lhes as recomendações e obedecer-lhe, sempre compulsando a Bíblia, pois este é um direito de todos os crentes: ter acesso direto à Bíblia Sagrada para comparar o ensino que está recebendo com a Palavra de Deus.
III. EFEITOS DA OBEDIÊNCIAPara finalizar, veja, na Bíblia, os efeitos da obediência na vida dos que a praticam:
a.Os que obedecem à Deus têm o Espírito Santo: - 'E nós somos testemunhas acerca destas palavras. Nós e também o Espírito Santo, que Deus deu àqueles que lhe obedecem' (Atos 5.32).
b.Os que obedecem à Deus são inabaláveis: - 'Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha' (Mateus 7.24).
c.Os que obedecem à Deus são conhecidos: - 'Quanto à vossa obediência é ela conhecida de todos. Comprazo-me pois em vós, e quero que sejais sábios no bem, mas símplices no mal' (Romanos 16.19).
d.Os que obedecem à Deus glorificam: - 'Visto como, na prova desta administração, glorificam a Deus pela submissão que confessais quanto ao evangelho de Cristo, e pela liberalidade de vossos dons para com eles, e para com todos' (2 Coríntios 9.13).
e.Quem obedece à Deus é irrepreensível: - ''De sorte que, meus amados, assim como sempre obedecestes, não só na minha presença, mas muito mais agora na minha ausência, assim também operai a vossa salvação com temor e tremor... para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio duma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo' (Filipenses 2.12-15).
QUESTIONÁRIO1) Quais privilégios Deus prometera a Abraão pela sua obediência?
2) Quais foram as conseqüências da precipitação de Abraão, em não esperar o filho da promessa?
3) Cite dois efeitos da obediência.
4) A quem devemos obedecer segundo o estudo desta lição?
5) Por que devemos obedecer a nossos pastores?
Fim da 7ª Lição

Lição 06 - O Discípulo e a Fé


Texto Bíblico:‘Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem ’ – (Hebreus 11.1)
INTRODUÇÃO A melhor definição para fé é a do texto bíblico que introduz este comentário. nesta acepção, ela é a base da esperança que faz o crente seguir adiante, firmado nas promessas de Deus e deixando para trás as dúvidas, incertezas e incredulidade. Ela é o ponto de partida para o pecador conhecer ao Senhor e receber a salvação. Segundo o apóstolo Paulo, a fé nasce na vida de cada um quando se ouve a Palavra de Deus, que é também o alimento para que ela, a fé, se torne vez mais consolidada e robustecida. Ter fé é vital para as relações do crente com Deus. É impossível esta comunhão sem ela, 'porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe, e que é galardoador dos que o buscam' (Hebreus 11.6).
I. A IMPORTÂNCIA DA FÉa.A fé no Antigo Testamento: - Se você percorrer a Bíblia, de Gênesis a Apocalipse, vai descobrir que ela é o livro que trata das relações do homem com Deus mediante a fé. A fé é de tal importância que o capítulo 11 de Hebreus é considerado como a galeria dos heróis da fé. Eles viveram nos tempos do Antigo Testamento e estavam firmados nas promessas de Deus para o futuro. Leia Hebreus 11.
Eles olhavam para a cruz, o divisor entre a velha e a nova aliança. Por causa de sua fé foram massacrados, vituperados, perseguidos, mas em momento algum fraquejaram, pois estavam certos da promessa do nascimento de Jesus Cristo, não obstante a verem de longe.
b.A fé no Novo Testamento: -
Os crentes da atualidade, segundo o escritor do mesmo livro bíblico citado acima, são mais bem-aventurados dos que os do Antigo Testamento. No caso dos crentes de hoje, a cruz já está no passado, mas projeta com segurança o fato de que se Deus cumpriu a promessa que tanto os heróis da fé almejavam, mesmo que eles não tenham fisicamente alcançado, Deus dará continuidade ao seu plano até que se consumem todas as coisas. Leia Hebreus 11.40.
c.A fé na vida cristã: - Tudo quanto fizermos, se não tiver a fé como base, não terá nenhum sentido. A Bíblia diz que aquilo que não se faz por fé constitui-se pecado (Romanos 14.23). 'Sem fé é impossível agradar a Deus' (Hebreus 11.6).
Por que a fé é tão importante na vida cristã? Porque se ela não estiver operando, a incredulidade predomina, gerando incertezas e fracassos. Quem duvida jamais realiza qualquer coisa para Deus. Este sentimento deixa o crente indeciso, o que compromete o seu caminhar vitorioso, pois poderá agir como Pedro que, ao primeiro momento, deu passadas firmes sobre as águas do mar, mas logo começou a afundar. A dúvida deixou-o sem saber se olhava somente para Jesus ou para as circunstancias adversas à sua volta.
d.O objeto da fé: - Você vai aprender agora, que a sua fé deve gravitar em torno da pessoa de Jesus. O autor dos Hebreus, ao concluir sua profunda reflexão sobre a fé, finaliza: 'Olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a ignomínia, e assentou-se à destra do trono de Deus' (Hebreus 12.2).
A fé pode estar direcionada para outro foco. Se for o caso, não é a fé legítima que se sustenta só no Filho de Deus. Por outro lado, não se trata da fé apenas por causa das obras que ele realizou ou que pode realizar, mas daquela que se traduz na certeza pessoal dada a cada crente não só para vencer circunstancias adversas, se for a sua vontade, mas também para continuar a servi-lo, ainda que seja do agrado de Cristo que você passe pelo vale da sombra e da morte. Neste caso, como disse Paulo, o morrer é ganho e significa o triunfo definitivo da fé.
Foi a fé centrada na pessoa de Cristo que levou os amigos de Daniel a enfrentarem a fornalha de fogo ardente. eles criam no livramento, mas também criam que aquela circunstancia poderia levá-los à presença de Deus. É tanto que disseram ao rei: 'Não necessitamos de te responder sobre este negócio. Eis que o nosso Deus, a quem nós servimos, é que pode nos livrar do forno de fogo ardente, e da tua mão, ó rei. E se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses nem adoraremos a estátua de ouro que levantas-te' (Daniel 3.17, 18).
A visão de Nabucodonosor veio confirmar esta verdade. Ele viu o quarto homem na fornalha, que não era outro senão o Filho de Deus. Para os amigos de Daniel, então, não fazia diferença. Fora da fornalha tinham a proteção do Senhor, na fornalha, ele os acompanhava e se fossem levados para o céu, ficariam para sempre na sua gloriosa e majestosa presença. Este é, portanto, o cerne da verdadeira fé: Cristo.
II. AS QUALIDADES DA FÉa.Fé para a salvação: - Esta fé é aquela que leva o crente a reconhecer os seus pecados e a aceitar o sacrifício de Cristo em seu lugar. Ela é o ponto de partida que introduz o crente à vida cristã mediante o novo nascimento. É como a centelha que dá a partida para fazer funcionar o motor de qualquer veículo.
b.Fé vitoriosa: - Você vai descobrir que, no exercício da vida cristã, a fé varia de intensidade. A Bíblia fala de 'pouca fé' (Mateus 6.30), 'tanta fé' (Mateus 8.10), 'fé como um grão de mostarda' (Mateus 17.20), 'homem cheio de fé' (Atos 6.5) e sobre 'a medida da fé' (Romanos 12.6). Isto explica porque uns fazem coisas grandes para Deus, enquanto outros vivem uma vida cristã de menor intensidade. Significa que o trabalho de cada um será, também, proporcional ao tamanho de sua fé. Só fará grandes coisas para Deus quem tiver fé abundante e fundamentada nas promessas do Altíssimo.
c.Dom da fé: - O dom da fé situa-se numa dimensão mais profunda. Trata-se de manifestação sobrenatural para a realização de maravilhas, sendo uma particularidade que o Espírito concede ao crente para aquilo que for útil. Está entre os dons espirituais (1 Coríntios 12.11), assunto que vamos abordar mais detalhadamente na Lição 11.
III. OS EFEITOS DA FÉa.A fé produz salvação: - já foi dito anteriormente que a fé é a base para a salvação. Portanto, o ponto focal da nossa responsabilidade, como crentes, é pregar o evangelho para que os pecadores sejam tomados pela fé, reconheçam os seus pecados, confessem que Jesus é o Filho de Deus e o aceitem como único e suficiente salvador. Esta é a mensagem que você, como novo crente, deve levar aos seus amigos. Você precisa sentir a mesma ansiedade do apóstolo Paulo, que afirmou: 'Ai de mim se não pregar o evangelho'. Ou seja, o amor de Cristo deve constrangê-lo a proclamar a palavra para produzir fé nos ouvintes para a salvação.
b.A fé produz segurança: - Quem está em Cristo passa a viver em segurança, mesmo que as circunstancias à sua volta sejam adversas. Cabem, neste caso, as palavras do salmista: 'Pelo que não teremos, ainda que a terra se mude, e ainda que os montes se transportem para o meio dos mares; ainda que as águas rujam e se perturbem, ainda que os montes se abalem por sua braveza. Há um rio cujas correntes alegram a cidade de Deus, o santuário das moradas do Altíssimo. Deus está no meio dela; não será abalada; Deus a ajudará ao romper da manhã' (Salmo 46.2-5). Isto significa que, pela fé, sempre seremos vitoriosos sobre Satanás. Se alguma circunstancia levar você ao encontro do Pai, o inimigo estará vencido para sempre, pois já não poderá intentar nenhum mal contra os salvos.
Portanto, isto quer dizer: se você estiver com Cristo na terra ou no céu, Satanás será sempre perdedor.
c.A fé não vê fracasso: - Aquilo que, na visão de muitos, aparenta fracasso, para o verdadeiro crente é um meio de fortalecer a sua fé e passar a depender mais de Jesus. Quando o apóstolo Paulo afirma que se considerava fraco, isto servia para ele entender que sem Cristo, nada podia fazer. Isto o levou, inclusive, a receber do Senhor o consolo: 'A minha graça te basta'. O fracasso eventual, quando olhado por este prisma, é fator de fortalecimento da fé para aprofundar a sua comunhão com Deus.
d.A fé conduz à vitória: - Para concluir, vale adaptar o texto de um autor desconhecido: 'Enquanto a dúvida olha para baixo, a fé olha para o alto; enquanto a dúvida vê o perigo, a fé enxerga a segurança; enquanto a dúvida resvala na incredulidade, a fé se abriga no esconderijo do Altíssimo; enquanto a dúvida afunda no desespero, a fé se agiganta na esperança; enquanto a dúvida pergunta quem crê, a fé responde: eu creio'!
QUESTIONÁRIO1) Qual a melhor definição para a fé?
2) Por que Hebreus 11 é considerado como a galeria dos heróis da fé?
3) O que levou os heróis do Antigo Testamento a serem vitoriosos?
4) Por que a fé é tão importante para a vida cristã?
5) O que é dom da fé?
Fim da 6ª Lição

Lição 05 - Conhecendo o Valor da Oração


Texto Bíblico:‘Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós, e, orando, pediu que não chovesse, e, por três anos e seis meses, não choveu sobre a terra. E orou outra vez, e o céu deu chuva, e a terra produziu o seu fruto’ – (Tiago 5.17, 18)
INTRODUÇÃO Através da oração, você alcança grandes vitórias. Todos os que oram e confiam a Deus os seus problemas, difíceis de solução, são recompensados pelo Todo-Poderoso. Nesta lição, você vai conhecer o quanto é bom orar, e aprender que tudo quanto se pede ao Senhor, com fé, mediante sua vontade, se recebe.
I. O QUE SIGNIFICA ORAR?a.É conversar com Deus: -`É o dialogo que mantemos com o Pai celestial. Falamos-lhe quais são as nossas necessidades, enfermidades e dificuldades. Mas, antes de tudo,, devemos agradecer por mais um dia de vida que Ele nos concedeu. Então, sentimos no coração a resposta, através do nosso espírito, que se comunica com o Espírito de Deus. Leia Romanos 8.16.
Daniel alcançou grandes vitórias em sua vida, porque sempre viveu em oração. Apesar de viver distante de sua pátria, orava três vezes ao dia, voltado para Jerusalém, a cidade de Deus (Daniel 6.10). Por causa disso, lançaram-no na cova dos leões, que nada lhe fizeram. Então, o rei Dario, seu grande amigo, não dormiu naquela noite, ao imaginar que Daniel havia sido devorado pelas feras. Porém ao contrário do que pensava, o jovem profeta de Israel estava bem vivo e glorificava a Deus por ter fechado a boca dos leões (leia Daniel 6.20). Vale ou não a pena conversar com Deus?
b. É ter comunhão com Deus: - A Bíblia registra, em Gênesis 5.21, que Enoque, quando estava com 65 anos, passou a ter comunhão com Deus, através da oração. A cada dia, ele se aproximava mais e mais do seu Criador, por intermédio desta sublime prática. Trezentos anos depois, não foi mais visto, pois o Senhor o tomou para si.
Você só sentirá, realmente, a presença de Deus em sua vida, se for através da oração. Ela faz com que a pessoa sinta a comunhão real com seu Criador e Pai celestial. Seria impossível para os cristãos, no decorrer da história da igreja, enfrentar os tribunais, as arenas, as fogueiras, os pelotões de fuzilamento, as prisões, a fome, a sede, a perseguição, a incompreensão, e tantos outros males, se não fosse a certeza de que não estavam sozinhos, mas sentiam uma mão que lhes segurava e uma voz suave a lhes dizer: 'Coragem, meus amigos, pois estou aqui para lhes conceder a vitória, e logo mais estareis comigo!'.
c. Não é rezar: - Como já foi dito anteriormente, orar é conversar com Deus, é dialogar com Ele. É um processo que flui normal e espontaneamente. o Espírito Santo nos inspira as palavras que são ditas em cada oração que fazemos. De acordo com as nossas necessidades, usamos termos que jamais empregamos em petições anteriores. É isto que agrada a Deus: a nossa fuga das vãs repetições.
Os discípulos pediram a Jesus lhes ensinassem a orar. O Mestre de pronto, lhes respondeu: 'Pai nosso, que estás no céu, santificado seja o teu nome; venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia nos dá hoje; e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores; e não nos induzas à tentação; mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém' (Mateus 6.9-13).
Esta é a única oração ensinada por Jesus e utilizada pela igreja nos dias atuais. As demais, empregadas pela Igreja Católica Romana em seus cultos, são consideradas rezas, citações elaboradas por alguém, repetidas milhões de vezes por seus devotos.
II. COMO ORAR?a.De joelhos (Efésios 3.14): - Certo pastor enfrentava grandes lutas em sua igreja, e não sabia como vencê-las. Encontrava-se em certa ocasião, numa praça, e pediu a um engraxate que lhe limpasse os sapatos. O jovem de imediato, ajoelhou-se e iniciou o seu ofício. O pastor com pena dele, perguntou porque ele não se assentava no caixote. Ao que o rapaz respondeu: 'De joelhos é melhor!' O pastor, intimamente, começou a chorar, e agradeceu a Deus pela mensagem recebida, através do jovem engraxate. Colocou a igreja em oração, de joelhos, e logo alcançou a vitória que tanto almejava. Compôs inclusive o hino 'De joelhos é melhor', cantado em diversas denominações evangélicas.
Muitos consideram esta a melhor maneira de se conversar com Deus, pois é uma demonstração de submissão, reverência e humildade.
b.De pé (2 Crônicas 20.5, 6): - Este texto refere-se a Josafá, rei de Judá, que, em pé, diante do povo, orou a Deus, e recebeu a resposta imediatamente. Os crentes costumam orar em pé, no início, durante e no fim dos cultos, e têm recebido grandes vitórias.
O importante é a sua possibilidade! Se o templo está lotado, e não há mais espaço para o povo se ajoelhar, além dos visitantes não evangélicos, que se inibem facilmente, o orar em pé, ou sentado (os velhos e os enfermos), é aceito de bom grado por Deus, pois o que vale é a sua intenção.
c.Deitado (2 Reis 20.2, 3): - Esta passagem registra a enfermidade de Ezequias, rei de Judá. Acamado, recebeu a visita do profeta Isaías que lhe transmitiu o recado de Deus a respeito de sua morte iminente: 'morrerás, e não viverás'. deitado, Ezequias virou o rosto para a parede e orou. O Senhor o ouviu e concedeu-lhe mais 15 anos de vida.
III. ONDE ORAR?a.No templo (Mateus 21.13): - Biblicamente, todo o templo evangélico, dedicado a Deus, torna-se uma casa de oração. Nela, os cristãos se reúnem para buscar a presença de Deus e receber as suas bênçãos. Consagrações, círculos de oração e vigílias são reuniões já tradicionais em nossas igrejas, ocasiões em que Jesus nos batiza com o Espírito Santo, cura nossas enfermidades e resolve os nossos problemas.
b.Em particular (Mateus 6.6): - Jesus, em seu sermão do Monte, enfatizou que a oração feita em particular é ouvida pelo Senhor, que vê secretamente. É a melhor maneira do crente estar a sós com Deus e contar para Ele as suas angústias e vicissitudes da vida, sem que ninguém saiba pelo que passa. É a oportunidade que você tem de confiar somente ao Senhor um problema de difícil solução.
c.Em família (Atos 12.12): - A Igreja em Jerusalém enfrentava uma das maiores lutas de sua história. Herodes, rei dos judeus, prendeu dois de sus principais líderes: Tiago e Pedro. A popularidade deste monarca estava baixa. Ele julgou que a perseguição aos cristãos iria ajudá-lo a recobrar seu prestígio. Mandou matar, primeiramente, a Tiago, para sentir a reação do povo. 'Foi um sucesso!' Todo mundo o parabenizou. Então, ele marcou a data da morte de Pedro: um dia após o encerramento da Páscoa, quando todos os judeus se preparavam para retornar aos seus países de origem. Com este acontecimento, Herodes conseguiria o ápice de sua popularidade. Atos 12.5 registra: 'Pedro, pois, era guardado na prisão; mas a igreja fazia contínua oração por ele a Deus'. Aqueles primeiros cristãos ainda não tinham um templo-sede para se reunirem. Utilizavam as casas dos irmãos em Cristo, para cultuarem ao Senhor. Oravam exatamente na residência de Maria, mãe do evangelista Marcos (escritor do segundo evangelho), quando um anjo de Deus, em resposta às suas orações, visitou o cárcere, onde estava preso o apóstolo Pedro, e o libertou. Leia Atos 12.12.
Hoje, nós chamamos esta reunião de oração em família, ou seja, entre pais e filhos, de culto doméstico. Os lares evangélicos que se reúnem diariamente, para orar, são felizes e harmoniosos. Os cônjuges são unidos, os filhos obedientes, além da saúde e prosperidade que desfrutam.
Você já realiza o seu culto doméstico? Se ainda não, comece hoje, e desfrute as bênçãos que Deus quer lhe conceder!
IV. QUANDO ORAR?a.Ao deitar-se: - Depois de um dia estafante, principalmente em uma cidade grande, onde se enfrenta perigos mil, é dever do crente orar ao deitar, à noite, e agradecer a Deus os grandes livramentos, ou seja, a proteção contra os assaltos, as batidas de carro no trânsito, os atropelamentos; pela saúde e por tudo que lhe aconteceu, pois a Bíblia recomenda: 'Dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, nome de nosso Senhor Jesus Cristo' (Efésios 5.20).
b.Ao levantar-se: - As nossas vidas estão entregues nas mãos de Deus. Por isso é nosso dever, ao iniciarmos o novo dia, orar, para que o Senhor mande os seus anjos, a fim de nos livrar de todos os perigos, conforme lemos no Salmo 91.11: 'Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos'.
c.Sempre: - Quem vive em total dependência de Deus, através da oração, é sempre vitorioso. Orar sempre significa viver as 24 horas do dia em constante comunhão com Deus. É deitar-se, levantar-se, trabalhar, viajar, etc., com o pensamento voltado para as coisas espirituais.
V. VITÓRIAS ATRAVÉS DA ORAÇÃOa.Nas tentações: - Jesus só venceu as muitas tentações que enfrentou, porque sempre viveu em oração. O Diabo não lhe dava trégua: tentava o Filho de Deus noite e dia, mas foi derrotado pela comunhão de Cristo com o Pai celestial. Até no Calvário, Satanás tentou convencer Jesus a descer da cruz, mas não conseguiu, por causa do efeito da oração.
b.Nas enfermidades: - Doenças incuráveis foram repreendidas pelo poder da oração. Até mortos ressuscitam, quando a igreja ora, pois nada é impossível para Deus. Os apóstolos Pedro e João foram ao templo, em Jerusalém, para orar. Na passagem pela porta chamada formosa, depararam-se com um coxo de nascença. Este estendeu a mão e pediu-lhes uma esmola. Pedro, então respondeu: 'Não tenho prata nem ouro; mas o que tenho isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda'. Isto só foi possível, porque os apóstolos viviam em constante oração.
c.Nas dificuldades: - Paulo e 275 companheiros de viagem para Roma permaneceram 14 dias perdidos no mar Adriático, fustigados por uma tempestade interminável.
O navio, açoitado pelas fortes ondas, não naufragou, de imediato, porque o apóstolo estava entre os passageiros. Ele rogou a Deus, em oração, pelas vidas de seus companheiros. Em resposta, um anjo trouxe-lhe a seguinte mensagem: 'Paulo, não temas: importa que sejas apresentado a César, e eis que Deus te deu todos quantos navegam contigo'. Ele, então, reuniu todos os passageiros e tripulantes e declarou-lhes: 'Portanto, exorto-vos a que comais alguma coisa, pois é para a vossa saúde; porque nem um cabelo cairá da cabeça de qualquer de vós'. Na verdade, a embarcação foi destruída, mas todos os seus ocupantes se salvaram (Atos 27.34).
A oração, portanto, é a chave da vitória. Todos os que enfrentaram grandes lutas, mas confiaram no poder de Deus, foram vitoriosos. Orar é um hábito que se adquire gradativamente. Todos os que se prontificam a orar ao Senhor, tiveram, no início, a contrariedade da carne. Mas a mortificaram e disciplinaram-na a tal ponto, que ficavam horas e horas de joelhos, sem perceberem o tempo passar. Tornaram-se grandes pregadores e ganharam milhares de almas para Cristo. Venceram as tentações e provações e, agora, aguardam, no Paraíso, o momento de receberem o novo corpo, para viverem eternamente com Jesus.
QUESTIONÁRIO1) O que significa orar?
2) Por que a oração de joelhos é preferida pela maioria dos crentes?
3) O que significa orar sempre?
4) Em que texto bíblico está registrado a única oração ensinada por Jesus?
5) Qual a diferença entre orar e rezar?
Fim da 5ª Lição

Lição 04 - Conhecendo a Igreja


Texto Bíblico:‘Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos santos, e da família de Deus’ – (Efésios 2.19)
INTRODUÇÃO Agora, você faz parte da Igreja, pois não apenas recebeu a salvação oferecida por Cristo, mas também foi incluído em sua família. A palavra ‘Igreja’, nesta lição, não está restrita à uma denominação, nem ao local onde você freqüenta os cultos. Depois do plano idealizado por Deus, para salvar os homens, a igreja é a proposta mais inteligente da divindade. Aqueles que seriam salvos, formariam um corpo, porta-voz da salvação para outras pessoas. A igreja é um organismo que tem a própria vida em Cristo, o qual estabeleceu a missão dela e como cumpri-la.
Quem faz parte da igreja, dá continuidade ao trabalho de Cristo na terra. A verdadeira vida que está em você chegará aos outros. Isto é ser uma bênção para o mundo. Ninguém recebeu a salvação simplesmente para ser salvo, mas, sim, integrar-se à igreja. Por isso, é preciso que você compreenda bem o que ela significa, conheça quais são os seus objetivos e as suas ordenanças.
I. O QUE É A IGREJA?A palavra ‘igreja’ quer dizer ‘uma reunião de pessoas chamadas para fora’, ou seja, um grupo de pessoas que saíram de dentro do mundo (espiritual) para seguirem a Cristo. Os que formam a igreja são chamados, pela Bíblia, de crentes, irmãos, cristãos, santos, eleitos e os do caminho.
Todos os crentes espalhados pelo mundo formam a igreja. Ela não está restrita a uma área geográfica e nem a um único povo da terra. É o seu lado invisível e universal.
Embora a palavra ‘igreja’ seja empregada, em primeiro lugar, para descrever a totalidade de crentes que vivem em todo o mundo, você pode usá-la também para se referir aos cristãos de um determinado lugar, isto é, a ‘igreja local’.
I. Símbolos da Igreja. O primeiro símbolo é o corpo. Jesus não está mais presente entre os homens, de forma física, mas em cada pessoa que o recebe, em qualquer parte do mundo, Ele introduz a sua vida, para formar um corpo. Por Ter a vida em Cristo, a igreja não é um simples ajuntamento de pessoas, uma associação ou clube. É um organismo, algo que tem existência tal como o corpo humano que é composto de muitos membros e órgãos que funcionam em prol de uma vida comum. Da mesma forma que o ser humano é um, mas tem milhões de células vivas, assim também é a igreja. Um só corpo, mas constituído por milhões de pessoas nascidas de novo, por meio do evangelho de Jesus.
Possui também uma cabeça, o próprio Cristo. Ele é o chefe, o guia, o Principal e o Príncipe da igreja.
Outro símbolo é o templo. Embora Deus habite em toda a parte, Ele se localiza em determinado lugar, para ser encontrado, adorado e louvado. Cada crente é um templo de Deus. Leia 1 Coríntios 3.16,17.
Por causa da união e comunhão que os crentes tem com Cristo, a igreja é simbolizada na Bíblia pela figura de uma noiva. Em 2 Coríntios 11.2, Paulo afirma que preparara os crentes de Corinto para os ‘apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo’. Em Efésios 5.25, o apostolo declara que Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela. A noiva e o noivo viverão juntos para sempre. Leia Apocalipse 22.17.
Outro símbolo da Igreja, o qual se pode destacar na Bíblia é a família. Você, agora, é membro da família da Deus.
II. OS OBJETIVOS DA IGREJA
Através da Bíblia, você descobre que a igreja foi fundada por Cristo, para cumprir as seguintes finalidades:
a. evangelizar o mundo. A principal atividade dos crentes é levar a salvação para os não-crentes. Cristo, depois de completar a sua missão na terra, declarou: ‘é-me dado todo o poder no céu e na terra’. E, em seguida, estabeleceu uma missão aos seus seguidores. Leia Mateus 28.19 e 20.
b. lugar para o crente cultuar a Deus. Os crentes se reúnem para cultuar a Deus. O culto é o momento de oração, louvor, adoração, estudo da Bíblia e edificação dos crentes. No culto, todos os crentes podem se unir em oração, seja em petição, ação de graças e intercessão. Esta também é uma maneira de você louvar a Deus.
c. lugar para o crente praticar a mordomia cristã. Tudo o que você possui, não lhe pertence (leia Salmo 24.1). Por isso, não tem mais o direito de fazer o que quer. Deus agora está em primeiro lugar em sua existência. Isso inclui sua vida, seu tempo, seus talentos e suas finanças. Você deve aplicar, na igreja a sua vida, com o melhor de seus esforços e dedicação.
d. lugar para o ensino da disciplina e norma de conduta cristã. Ao fazer parte de uma igreja local, o novo crente disciplina-se e aprende a norma bíblica de conduta. Existe um padrão de vida exposto na Bíblia e todos os crentes devem se esforçar para vivê-lo.
Significa afastar-se da ignorância, preservar-se da corrupção e Ter todas as esferas da sua vida e atividades regulamentadas, dirigidas por Deus. Leia Mateus 5.13, e 18.15-17.
III. AS DUAS ORDENANÇAS DA IGREJAHá duas cerimônias ordenadas por Cristo, para que os crentes a pratiquem: o batismo em água, cerimônia de ingresso do novo crente na igreja e simboliza o início de sua vida espiritual; e a Ceia do Senhor significa a continuação desta vida espiritual. Por isso, o crente deve participar dela, para manter sempre a comunhão com o Senhor Jesus.
a. O batismo. Através do batismo em água você dá um testemunho público de sua identificação com Cristo, a nova vida iniciada a partir da conversão. É o sinal exterior, o qual mostra que você morreu para o mundo e nasceu para Deus. Cada um de nós repete, de modo espiritual, o que aconteceu com Cristo. Ele morreu e ressuscitou. Assim, pelo batismo, você prova que é vitorioso.(Os evangélicos não batizam crianças porque elas não tem do que se arrepender e não podem exercer a fé).
b. A Ceia do Senhor. Na igreja em que você freqüenta, todo mês há o culto de Ceia. Não foi idéia de um homem, mas foi instituída por Jesus, na véspera de sua crucificação, para os crentes relembrarem, a sua morte, através do pão e do vinho. O primeiro simboliza o seu corpo e o segundo, o seu sangue. Não somente para relembrar a sua morte vitoriosa, mas os crentes tomam a Ceia para anunciar a Cristo, até que Ele volte.
QUESTIONÁRIO1) Qual o significado da palavra ‘igreja’?
2) Quais os principais símbolos da igreja mencionados nesta lição?
3) Cite os quatro objetivos da igreja destacados nesta lição.
4) Mencione as duas ordenanças bíblicas que devem ser praticadas pela igreja?
5) Cite os dois elementos utilizados na Santa Ceia como símbolos do corpo e do sangue de Jesus.
Fim da 4ª Lição